Beira Interior

A região onde privilegiadamente se situa a Quinta do Cardo.

A região da Beira Interior, está localizada no interior centro/norte do país, perto de Espanha, e tem um passado histórico vitivinícola que remonta à época romana.

Situa-se na zona mais montanhosa de Portugal, que engloba as serras de maior altitude, o que vai permitir que encontremos vinhas a mais de 700 metros. O clima é  agreste, de invernos rigorosos, com temperaturas negativas e neve, e verões quentes e secos.

Com relevo bastante acidentado, tem várias formações montanhosas a ditar o estilo da paisagem e com áreas imensas de planalto. O seu enquadramento geográfico confere-lhe um clima continental com grandes amplitudes térmicas anuais e diárias, sendo que as noites frescas no verão são um dos elementos-chave na maturação e vindima, que diferencia estes vinhos. 

Esta região faz fronteira, a norte, com Trás-os-Montes e Alto Douro e com as serras dos vales do Douro e do Côa. A este, a linha de separação com a Beira Litoral faz-se no desenho dos rios Mondego e Zêzere, e das serras do Açor, Gardunha e Lousã. A oeste, entramos em terras espanholas. Aqui, as fronteiras são os rios Águeda e Erges. Para fechar a delimitação da Beira Interior temos, a sul, o rio Tejo. 

Em tempos parte integrante da Lusitânia dos Romanos, esta vasta região de Portugal está desde essa altura ligada à produção da vinha e do vinho. Os povos celtas terão deixado alguns vestígios de consumo de vinho, mas foram os romanos que deram o verdadeiro início à produção de vinho, por volta do ano 25 AC.

A existência bem documentada de lagaretas esculpidas no granito constitui uma prova que desde esta época o vinho assumiu um papel importante na alimentação, na cultura e na sociedade. No entanto, foi no limiar do século XII, pelas mãos dos Monges de Cister, instalados no Convento de Santa Maria de Aguiar em Figueira de Castelo Rodrigo, que a cultura da vinha se desenvolveu de forma muito significativa.

A Quinta do Cardo está situada no planalto mais elevado da Beira Interior, a 750 m em relação ao mar.

As nossas vinhas encontram-se a 150 km de distância do Oceano Atlântico e apenas a dois quilómetros da Reserva Internacional do Douro e da fronteira com Espanha.

A DOP Beira Interior foi criada em 2020 e é uma das regiões de origem protegida portuguesas com melhores características para fazer face aos impactos das alterações climáticas.

Tem cerca de 16 000 hectares de vinha e apresenta uma grande variedade de castas, com destaque nas brancas para a Síria, Fonte Cal, Malvasia e Arinto e, nas Tintas, a Touriga Nacional, Touriga Franca e a Tinta Roriz. Os vinhos da Beira Interior são influenciados pela altitude, com variações entre os 400 e os 750 metros, sendo uma área dominada por solos de origem granítica na sua maioria, sendo os restantes essencialmente de origem xistosa.

A Denominação de Origem Protegida Beira Interior encontra-se dividida em 3 sub-regiões: Pinhel e Castelo Rodrigo, situadas a norte/nordeste da cidade da Guarda, e Cova da Beira,situada entre as cidades da Guarda e Castelo Branco.

Castelo Rodrigo é a sub-região onde se encontra a Quinta do Cardo e apesar de se encontrar separada de Pinhel por cadeias montanhosas, partilham características semelhantes. Por sua vez, a Cova da Beira apresenta-se diferente, estendendo-se desde os contrafortes da Serra da Estrela até ao vale do Tejo, a Sul de Castelo Branco.

No total são permitidas 61 castas diferentes para a produção de vinhos DOP Beira Interior, das quais 24 são autóctones e 16 internacionais. As principais castas brancas cultivadas são: Síria, Arinto e Fonte Cal. Por sua vez, as castas tintas mais cultivadas nesta região são: Trincadeira, Rufete, Jaen, Marufo e Touriga Nacional. 

Os vinhos brancos da Beira Interior apresentam-se com uma coloração de amarelo citrino a amarelo palha, com notas aromáticas frutadas muito ricas e variadas. Na boca são medianamente encorpados, não muito alcoólicos, salientando-se a sua elevada frescura ácida, que os caracteriza. Têm boa persistência na boca e longevidade.

Os vinhos tintos da Beira Interior apresentam uma coloração vermelha muito viva, aroma com notas de frutos vermelhos, sobretudo quando jovens, por vezes acompanhados por notas florais muito delicadas. No que se refere ao corpo geralmente são muito equilibrados, tanto na presença de taninos, acidez fixa e ainda no teor alcoólico, o que lhes confere uma harmonia muito interessante, ainda assim por vezes nota-se uma acidez fixa saliente, sobretudo quando jovens. Boa persistência de boca e habitualmente revelam uma longevidade que lhes permite um consumo tardio, anos após a vinificação.

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